Este que escreve cumpre a sina de muitos colegas que se dedicam à análise política, mas foram formados cultural e subjetivamente pelo mundo da bola. Logo, se não é correto escrever profissionalmente a respeito das quatro linhas, fora destas temos o dever de refletir e fazer a crítica da economia política do futebol profissional. Assim, a primeira reflexão é a óbvia. Considerando o volume de contratações de jovens desportistas por centros que operam com moeda mais forte no comércio internacional (dólar estadunidense, euro e libra esterlina), nos damos conta de que aí opera uma injustiça histórica. Seguimos primarizados, cedendo tanto a fuga de cérebros no setor do desenvolvimento científico e acadêmico, assim como o mundo vê um fluxo de chuteiras na legítima busca de um futuro melhor para seus familiares e entorno.